sábado, 7 de agosto de 2010




A FÁBULA DO ELEFANTE PODRE
Alguns dias atrás, num momento de escola bíblica dominical fui surpresado por uma pessoa e sua opinião acerca da igreja que sou pastor, segundo essa pessoa a igreja estava “podre”! Confesso que ao ouvir essa opinião faltou-me o oxigênio, senti-me envergonhado sem saber qual seria a melhor reação. Todavia, entendi que seria uma boa oportunidade para ensinar a igreja uma lição de companheirismo e comunhão cristã, então numa velocidade de luz a estória a seguir surgiu em minha mente:
“Em uma remota tribo do continente africano, algo pitoresco aconteceu. Numa manhã, que parecia mais uma como outra qualquer, os moradores foram surpreendidos, pois ao acordarem perceberam que havia um enorme elefante morto no centro do arraial. Todos questionavam como aquilo poderia ter ocorrido. Havia várias especulações, tais como doença, envenenamento, velhice, enfim. Mas, nada fizeram, passaram as horas, dias e o elefante morto permanecia no centro do arraial. O resultado foi que um odor fétido alastrou-se na atmosfera da pequena tribo, um mau cheiro insuportável, repugnante, todos ficaram incomodados, pois era impossível conviver com a situação.
Muitos acusaram que a circunstancia era provocada pelo péssimo governo do chefe da tribo, não era um líder aprovado pelos “deuses”. Outros, simplesmente abandonaram aquele lugar migrando para outras tribos, houve até mesmo alguém que iniciou uma tribo nova e se constituiu chefe dela, estranhamente alguns taparam o nariz e assim resolveram parcialmente o problema de maneira particular.
Depois de tantos constrangimentos, uma criança pura de um coração tenro e sábio resmungou a todos: Por que não juntamos nossas forças e arrastamos o elefante para longe da tribo?! Só aí puderam entender que alguns problemas não são causados e nem tão pouco resolvidos por um ou por outro, há problemas que são conseqüência da negligencia de todos e todos devem se dedicar a sua solução”.
Como nós temos reagido diante daquilo que identificamos como sendo uma pedra de tropeço para a igreja que congregamos? Quem sabe muitos de nós acham que a melhor opção é sair da igreja, ou ignorar as desventuras como se elas não existissem e ainda tentar encontrar um culpado para os infortúnios que molestam e corrompem a integridade da comunidade dos santos. Em todo caso, a melhor alternativa sempre será a do fortalecimento da comunidade e a união com o fim de solucionar os problemas e encontrar uma convivência pacífica dentro da congregação.

Roberto Costa Oliveira

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