sábado, 14 de agosto de 2010

ENENEM EVAGÉLICO

ENENEM - Nomes

Vamos lá para mais um,
Exame Nacional Evangélico Neófito de Ensino Medíocre

1. Abandonou Paulo por ocasião da última prisão do apóstolo:

a) Figelo
b) Fineve
c) Fisereno-da-madrugada
d) Fiiceberg

2. Um dos filhos de Arão e Eliseba; pai de Finéias:

a) Eleazar
b) Elesorte
c) Elebingo
d) Mick Jagger

3. Reinou de 37 a 44 A.D. Matou Tiago, irmão de João; morreu comido de vermes:

a) Herodes Engripa
b) Herodes Agripa
c) Herodes Trava
d) Herodes Nega-Fogo-Na-Hora-Agá

4. Pai de dois valentes de Davi:

a) Elsiim
b) Elnaão
c) Eltaalvez
d) Elvoou-Consultar-o-Polvo

5. Macedônio, companheiro de Paulo:

a) Gaio
b) Foia
c) Carvaio
d) Nos-gaio-seco-de-uma-ávore-quaquer

6. Primeiro acampamento de Israel depois de passar o Jordão:

a) Chicobethania
b) Tomsandy
c) Gilgal
d) Djavangélico

7. Um dos filhos de Jafé:

a) Gomer
b) Gagar
c) Guspir
d) Guzinhar-o-calo

8. Irmã de Gileade:

a) Hamolequete
b) Ah moleque!
c) Hapentelho
d) Ha-essesmoços-pobresmoços

9. Filho de Cão e neto de Noé:

a) Vaque
b) Pute
c) Prostitute
d) Mulhé-da-vide

10. Filho de Cão e neto de Noé:

a) Segundão
b) Tempão
c) Horão
d) Pressão-é-inimigão-da-perfeição

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Oração de um eleitor!



A Oração de um eleitor!


“Oh Deus, perdoa esse eleitor coitado
que nas ‘Diretas Já’ gritou um bocado
pedindo urnas pra poder votar.
Oh Deus, será que o Senhor se zangou
e só por isso se arretirou
deixando a bandidagem se candidatar.
Oh Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe
eu acho que a culpa foi
deste pobre que nem sabe fazer oração”.

Oh Senhor, queríamos tanto votar, que em 1984 saímos às ruas no movimento ‘Diretas Já’, rezando e clamando pela aprovação da Emenda Dante de Oliveira. Lá, nos comícios, enquanto os fartos seios da Fafá de Belém arfavam cantando o hino nacional, o nosso peito varonil, bem sintonizado, elevava preces aos céus, implorando que chovessem candidatos em nosso roçado eleitoral. Se fossem muitos, poderíamos escolher o melhor para nos governar.

As nossas súplicas foram ouvidas. Choveu. Mas choveu além da conta. Uma tempestade de candidatos espertalhões, malandros e ruins de rima inundou o país, afogando os eleitores nas urnas, confundindo-os. Oh Senhor, nós pedimos pra chover, mas chover de mansinho, pedimos pra ditadura sair de fininho, pra ver se nascia democracia com a eleição. Mas veja, Senhor, o que está acontecendo em todos os cantos do país.

Alagoas – Elle outra vez? Não, Senhor! Piedade! Clemência! Conquistamos o direito de votar e logo na primeira eleição escolhemos um filhote da ditadura que o pariu, travestido de ‘caçador de marajás’. Erramos. Corrigimos o erro, derrubando o esquema PC Farias, que recolhia a bufunfa através de ‘contas fantasmas’. Agora, elle volta pelo PTB (vixe) pra governar Alagoas, purificado pelo jingle cujos versos cantam: “É Lula apoiando Collor, é Collor apoiando Dilma pelos mais carentes. E os três pelo bem da gente”. Um escárnio! O PT local conseguiu vetar a rima duvidosa. Elle mudou, mas continuou desafiando com a rima fácil do Egberto Lurian Batista e o jingle ficou assim: “Não adianta, o povo sabe quem tá apoiando quem. O povo tá decidido e vai apoiar também”. Oh Senhor, por que nos castigas assim? Envia-nos, Senhor, o Espírito Santo e junto com ele o motorista Eriberto França para refrescarem a memória do eleitor.

Com elle, vem o candidato ao senado, Renán Calheiros (PMDB, vixe), o do Renan-gate, o das rádios em nome de ‘laranjas’; o traficante de influência junto à Schincariol; o usuário de notas fiscais frias em nome de empresas fantasmas; o da montagem de um esquema de desvio de dinheiro público em ministérios comandados pelo PMDB. Não permita, Senhor, que Collor e Renan se reelejam. Chama os cara-pintadas, Senhor, e contrata um poeta que pelo menos rime “quem” e “ também” com “homem-de-bem”.

Brasília – Oh, Senhor, a democracia fica ferida com Joaquim Roriz (PSC vixe!), 74 anos, quanto mais velho, mais escândalos: acordo com bicheiro, desvios de verbas, superfaturamento da merenda escolar, cinco inquéritos no STJ, seis notícias crimes, improbidade, falsidade ideológica, crimes contra a fé pública. Governador de Brasília nomeado por Sarney, em 1988, ele foi reeleito três vezes com o voto popular. Nós te suplicamos, Senhor, se for tua vontade punir o eleitor, cegando-o uma vez mais, elege o Roriz, mas retira antes sua cueca e suas meias, deixa-o despido, nu, e tapa o seu fiofó com cimento como se fosse um poço de petróleo no Golfo do México, para que ele não tenha nenhum buraco onde esconder o caixa dois. Faz o mesmo, Senhor, com Agaciel Maia (PTC, vixe), candidato a deputado distrital.

Maranhão – Oh Senhor, quanto mais rezo, mais assombração me aparece. Lá vem, outra vez, Roseana Sarney (PMDB, vixe), filha do atraso e do coronelismo, das 15 mil marmitas, de R$ 1.340.000,00 não-declarados, acusada em escândalo de corrupção com a empresa Lunus Participações da qual é sócia, de peculato, de estelionato e de formação de quadrilha com Jorge Murad. O processo foi arquivado e ela recebeu apoios para se ‘purificar’, denuncia Flávio Dino (PCdoB/MA): “O dono do Maranhão, o dono do mar, agora acha que é o dono da Dilma”. José Sarney (vixe) legou a capitania hereditária pra sua filha, da mesma forma que o deputado ficha-suja Fufuca Dantas (PMDB/MA, vixe) cedeu seu lugar ao filho de 21 anos, o André Fufuca, conhecido como Fufuquinha. Eles se multiplicam como cobra de sete cabeças. Oh Senhor, nem que Lula peça de joelhos, nem que a Dilma tussa, não permita que eleitores votem em fufuquinhas. Que votem em Flávio Dino, Senhor! Desculpa, Senhor, eu pedir a toda hora pra chegar o inverno, desculpa eu pedir pra acabar com o inferno, que sempre queimou o meu Maranhão, o estado mais saqueado da Federação.

Pará – Oh, Senhor, procura, está lá, no Arquivo do Banco Central, na estante 05, prateleira 01, caixa 1876, o processo número 9200047419, que tem 2.509 páginas em nove volumes. Lá Jader Barbalho (PMDB, vixe, vixe) é acusado de ter desviado 10 milhões do Banpará. O Conde de Abacatal, o homem do desvio de R$ 16,7 milhões da Sudam, acusado de “ladrão” pelo seu colega Toninho Malvadeza, está de volta como candidato ao Senado, com seus braços que já foram algemados, com suas mãos que já foram beijadas e com sua curriola que rima Barbalho com o quê mesmo? Oh, Senhor, será que tu não entendes quando rezo em português? Then, I will ask you, my Lord, fuck Jeider Barbeilho and his gang. Faz isso, Senhor, em nome da saúde pública.

Roraima – Lembra-te, Senhor, os “gafanhotos” comeram a folha de pagamento do Estado de Roraima e sugaram suas últimas energias, desviando mais de R$ 230 milhões dos cofres públicos. Agora, estão de volta os três mosqueteiros inimigos dos índios: Neudo Campos, José de Anchieta e Romero Jucá (ex-PSDB, atual PMDB, futuro PT?), esse último fiel líder do governo FHC e agora líder fidelíssimo do Governo Lula no Senado, acusado de ter oferecido sete fazendas inexistentes como garantia para um financiamento do Banco da Amazônia, entre outras denúncias, incluindo desvio de R$ 4,9 milhões destinados à coleta de lixo em 18 bairros da capital roraimense na gestão da prefeita Teresa Jucá. Senhor, não deixa que o eleitor roraimense sofra de amnésia.

Outros Estados – Olha, Senhor, pra qualquer lado que a gente se vire, lá está a fina flor da malandragem. É Anthony Garotinho (RJ), André Puccinelli (MS), Iris Rezende (GO). Em São Paulo, Maluf – o Maluf, Senhor, ele mesmo, o Paulo Salim – e o Quércia, o que quebrou o Banespa. São tantos por todo o Brasil, a maior parte deles – os mais espertos – com “ficha limpa”, porque sequer deixam rastros e tem mais advogados do que eleitores. No Amazonas, fica a perplexidade do leitor H. Romeu Pinto: o que fazer?

Os vices – Oh, Senhor, será que vice tem de ser podre? Esse paspalhão Antônio Pedro de Siqueira Indio da Costa (DEM – vixe, vixe), tão jovem, mas já engatinhando vorazmente nas suas primeiras trapaças. E o Michel Miguel Elias Temer Lulia, o mordomo de vampiro, acusado de depredar e grilar área de reserva ambiental e de recorrer a grileiros e a servidores do governo de Goiás para obter títulos de propriedade fraudados?

Foi para isso, Senhor, que lutamos tanto? Para escolher entre o pior e o ‘menos pior’? Oh, Senhor, não mate nossas esperanças. Precisamos crer na democracia e na política, uma arte tão nobre, que não devia ser assim enlameada. Tende piedade de nós, Senhor, da nossa desinformação que nos leva a votar contra nossos interesses históricos, que nos impede de identificar quem são nossos aliados e quem são nossos inimigos, que nos transforma em eleitor ficha-suja. Tende piedade de nossos formadores de opinião que não encontram o caminho pra abrir os olhos dos demais e, às vezes, sequer os próprios olhos.

Ajuda-nos, Senhor, a mobilizar nossas forças para conquistar uma reforma política com mudanças na legislação sobre as eleições e o financiamento das campanhas. Precisamos aperfeiçoar a democracia, elegendo representantes comprometidos com a causa pública, inclusive candidatos da oposição, limpos, vigilantes e críticos, porque nenhum sistema democrático sobrevive sem oposição sadia. Embora definitivamente não saibamos rezar, nós te suplicamos, Senhor, não consinta que o capital ético deste País seja dilapidado. Livra-nos, Senhor, dos Collor, dos Sarney, dos Maluf, dos Roriz, dos Barbalho, dos Quércia, dos Jucá. Amém.

Texto de José Ribamar Bessa Freire, professor universitário (Uerj), reside no Rio há mais de 20 anos, assina coluna no Diário do Amazonas, de Manaus, sua terra natal, e mantém o blog

sábado, 7 de agosto de 2010




A FÁBULA DO ELEFANTE PODRE
Alguns dias atrás, num momento de escola bíblica dominical fui surpresado por uma pessoa e sua opinião acerca da igreja que sou pastor, segundo essa pessoa a igreja estava “podre”! Confesso que ao ouvir essa opinião faltou-me o oxigênio, senti-me envergonhado sem saber qual seria a melhor reação. Todavia, entendi que seria uma boa oportunidade para ensinar a igreja uma lição de companheirismo e comunhão cristã, então numa velocidade de luz a estória a seguir surgiu em minha mente:
“Em uma remota tribo do continente africano, algo pitoresco aconteceu. Numa manhã, que parecia mais uma como outra qualquer, os moradores foram surpreendidos, pois ao acordarem perceberam que havia um enorme elefante morto no centro do arraial. Todos questionavam como aquilo poderia ter ocorrido. Havia várias especulações, tais como doença, envenenamento, velhice, enfim. Mas, nada fizeram, passaram as horas, dias e o elefante morto permanecia no centro do arraial. O resultado foi que um odor fétido alastrou-se na atmosfera da pequena tribo, um mau cheiro insuportável, repugnante, todos ficaram incomodados, pois era impossível conviver com a situação.
Muitos acusaram que a circunstancia era provocada pelo péssimo governo do chefe da tribo, não era um líder aprovado pelos “deuses”. Outros, simplesmente abandonaram aquele lugar migrando para outras tribos, houve até mesmo alguém que iniciou uma tribo nova e se constituiu chefe dela, estranhamente alguns taparam o nariz e assim resolveram parcialmente o problema de maneira particular.
Depois de tantos constrangimentos, uma criança pura de um coração tenro e sábio resmungou a todos: Por que não juntamos nossas forças e arrastamos o elefante para longe da tribo?! Só aí puderam entender que alguns problemas não são causados e nem tão pouco resolvidos por um ou por outro, há problemas que são conseqüência da negligencia de todos e todos devem se dedicar a sua solução”.
Como nós temos reagido diante daquilo que identificamos como sendo uma pedra de tropeço para a igreja que congregamos? Quem sabe muitos de nós acham que a melhor opção é sair da igreja, ou ignorar as desventuras como se elas não existissem e ainda tentar encontrar um culpado para os infortúnios que molestam e corrompem a integridade da comunidade dos santos. Em todo caso, a melhor alternativa sempre será a do fortalecimento da comunidade e a união com o fim de solucionar os problemas e encontrar uma convivência pacífica dentro da congregação.

Roberto Costa Oliveira

CORAGEM, FORÇA PARA VENCER!!


Para se iniciar a idéia deste artigo, faz-se necessário passear um pouco numa cidade muito antiga, pois, há registros arqueológicos dela que marcam c. 8000 a.C. Jericó, algumas vezes chamada no Antigo Testamento de cidade das palmeiras (Dt 34. 3), mostrava ser uma cidade rica desde os seus primórdios. Fontes dizem que ali existia um oásis regado por uma nascente de sua própria região.
Nos tempos do Novo Testamento, a nova Jericó situava-se ao sul da antiga, lá Herodes o grande (40/37 a.C.) e os seus sucessores construíram um palácio de inverno com jardins ornamentais, perto dos bosques de palmeiras e bálsamo que produziam boas rendas.
Nota-se que a cidade ocupava um lugar de destaque, era um lugar que propunha lazer, onde famílias de gente rica costumavam investir dinheiro, talvez um lugar composto de beleza afrodisíaca onde o passar tempo a passeios fosse propício, e um terreno fértil para o cultivo do zaqqüm (Balanites aegiptiaca), ou simplesmente o bálsamo, uma especiaria aromática que continha capacidades curativas e cosméticas, este era exportado para o Egito e para Tiro. Portanto um lugar de comércio forte, havia possibilidades de se fazer carreira, pois tinha mercado externo, investir num comércio local, pois era bem freqüentada.
Um dia Jericó parou, pela manhã pensavam ser um dia como outro qualquer, todos estavam prontos na cidade, os vendedores de frutas na praça, os turistas passeando, os sucessores de Herodes o grande no palácio comendo palmitos e curtindo um bálsamo, Zaqueu cobrava imposto e roubava muito com isso, mas lá na saída para Jerusalém estava um filho de Timeu, ele era um jovem forte que talvez trabalhou na fabricação do bálsamo, e são tantas as sugestões para pensar como se tornara cego, mas o fato é que Bartimeu coitado, estava na sarjeta, marginalizado, mendigando o que comer, sofrendo por dois motivos: o primeiro era que seus olhos lhe roubaram um prazer em comum na cidade, todos amavam olhar para as palmeiras balançando, a fonte que alimentava o oásis e as crianças que se banhavam nele, era questão de tradição tal como as quedas do açude Tapera em invernos prolongados (coisa rara), e o segundo era que os mesmos olhos o impediam de trabalhar, fincando assim difícil a sobrevivência numa cidade cujo custo de vida era altíssimo.
Todavia, aproximava de Jericó um que todos já comentaram na região, há trinta anos estava por lá, mas nunca uma narração bíblica informa sua visita à cidade, alguns já tinham ido à Judá para vê-lo, pois sua fama alcançara o coração de muitos em Jericó, outros vieram em sua frente para informar aos moradores, e então, o caos tomou conta da cidade, todos partiram para a entrada do município, não sabendo eles que era a ultima semana de Jesus de Nazaré. O seu compromisso era de fato importantíssimo Ele iria morrer pela humanidade, nada podia para-lO. Seguia grande multidão que desfrutava do seu poder, pois curava os enfermos; da sua generosidade, pois alimentava os famintos e do seu companheirismo, pois lhes acalentava os corações com palavras libertadoras.
Já na saída, Bartimeu ouvia a euforia dos seguidores que O aclamavam e O louvavam, assim como O importunavam e apertavam, (eu não ficaria olhando de longe também). Bartimeu estava atônito, era sua única esperança, já havia até pensado em procurá-lO na Galiléia, mas, ninguém lhe conduzira até lá. Enfim, o dia tão esperado por ele e só tinha uma coisa a fazer, não podia deixar passar sem que lhe curasse, afinal era a oportunidade magna, voltaria a contemplar as palmeiras de Jericó, o oásis e trabalhar com o bálsamo, Bartimeu encheu os pulmões de ar e, um grito ecoou: Jesus Bardavi, digo: Jesus filho de Davi tem misericórdia de mim! Digo: Jesus filho de Davi tem misericórdia de mim! Mas, para surpresa de Bartimeu as pessoas como de costume ali também não se importavam com um cego mendigo e repreendiam para que se calasse, mas ele sabia, era sua única chance, sua saúde e felicidade estavam em Jogo, então ele não desiste, ainda mais um pouco de ar nos pulmões e: Jesus filho de Davi tem misericórdia de mim! Parecia um sonho, alguém veio até ele e disse: agora se acalme Ele te chama. O grito de necessidade de Bartimeu O fez parar, não era um grito qualquer era um grito de alguém corajoso que sentia medo, medo da multidão, medo de não ser atendido, medo de não voltar a enxergar, enfim de não viver. Por certo suas pernas tremiam e seu coração batia mais forte e intensamente, o quadro não era favorável para ele, entretanto mostrou-se corajoso. O termo bíblico é hãzaq que significa literalmente mostrar-se forte, daí então entende-se que, ser corajoso não significa não ter medo, mas mostrar-se forte mesmo estando em pânico. E Bartimeu conseguiu mostrar força diante do medo, por isso ele alcançou a tão desejada cura; na vida há duas opções: ser corajoso e enfrentar os desafios, ou reclamar o tempo todo diante do que poderia ter sido feito.
Toda e qualquer pessoa, um dia terá que decidir ser corajosa, pois os dias são maus e os covardes não encontrarão lugar entre os vencedores, só a pessoa que se mostra forte diante do medo consegue se convencer de que é possível ser bem sucedido diante de seja lá o que for o mostrar-se forte quer dizer controlar a si mesmo, uma vez que contamos com nós mesmos como nosso pior adversário. Costumo dizer: Não importa o que as pessoas falem ou pensem de você, mas o que você pensa de si mesmo! Há momentos que não sabemos o que fazer, e tudo o que pensamos é que a melhor saída é desistir de tudo, lançar planos ao vento, ou, atirar para todos os lados numa busca desesperada por uma solução, quando isso acontece o pior de tudo é que acabamos por tomar a solução alheia, daí o princípio do fracasso. Bartimeu não contou com nenhum entusiasta ao seu lado que lhe impelia ao sucesso, apenas um monte de pessoas que achavam que ele era pobre demais para alcançar nível tão elevado, a atenção do Rei dos reis. Mas não era o que ele achava, ele decidiu pensar mais alto e atraiu a atenção de Jesus.A cura de Bartimeu tem um significado messiânico, (Is 35.5) por isso ele é a primeira pessoa no evangelho segundo Marcos que se dirige a Jesus com o titulo messiânico, Filho de Davi. O incidente revela boas lições sobre Cristo, contudo é notável a posição histórica do filho de Timeu, conseguir mostrar força num quadro tenso como aquele é extraordinário. Não há nada tão propicio a transtornar o juízo quanto o medo. Ele engendra terríveis alucinações, conduz a insensatez, já disse Quinto Curcio que o medo horroriza-se de todos, mesmo daquele que podia socorrê-lo. Pensando assim sentir medo é temível, ou, dá medo ter medo, pois hora põe asas nos calcanhares, hora deixa-os pregados na terra e ainda os rodeia de obstáculos. Mas mostrar-se forte é não se deixar dominar quando se estar suando frio, quando a boca fica seca e a voz parece ficar presa no mundo interno ou mundo da gente; mostrar-se forte é não perder a sã consciência, é saber focalizar objetivos, seja em palavras ou seja em atitudes; mostra-se forte é enfrentar a ocasião do medo sem mostrar que está com medo, mostrar-se forte é ser dotado de equilíbrio psico-espiritual.

EM CRISTO:
Pr. Roberto Costa Oliveira